O amor, meu bem, não faz cartas de despedida. O amor não arruma as malas, não faz a cama antes de partir. O amor não avisa, não pensa, não compra passagens antecipadas.
O amor age de supetão e não espera para ver as conseqüências. O amor anda e volta atrás, o amor refaz caminhos e desiste deles, como quem começa. Os caminhos dele não têm rumo, porque para o amor, a velocidade é mais importante do que a direção (...) vai ser sempre assim.
O amor não tira férias, ele morre pra nascer de novo, com outros cheiros e outros desejos, mesmo que ainda seja o mesmo. O amor não ressuscita no terceiro dia, ele ressurge das cinzas. Moribundo.
Não espere que eu te ligue. Não espere que eu te espere. O meu amor pegou um barco que saiu na última lua cheia, para mares nunca dantes navegados, e nenhum de nós espera que ele mande um postal.
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